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Zootecnista pela Universidade de São Paulo com Especialização em Melhoramento Genético Animal na França. Carreira profissional na Gestão Executiva de empresas nacionais e multinacionais do Setor de Genética Animal - Alta Genetics do Brasil, Sersia Brasil Inseminação Artificial, Yakult S/A Indústria e Comércio, Sete Estrelas Embriões, Fundação Bradesco - PECPLAN e Banco de Crédito Nacional - BCN Agropastoril. Na foto, um dos importantes títulos recebidos ao longo de uma carreira profissional de 27 anos de serviços prestados a pecuária de corte tropical, "Prêmio Nelore de Ouro - Personalidade Empresarial do ano".

sexta-feira, 16 de julho de 2010

TARVOS TRIGARANUS, o TOURO



Há muito tempo quando o mundo era jovem, uma coisa maravilhosa e extraordinária aconteceu. No início da Primavera, próximo ao poço da Deusa Coventina, um filhote de Touro veio ao mundo. Logo no início se poderia ver que não era um filhote de touro comum. Seu pelo vermelho e dourado brilhava e a sua forma era perfeita. Os seus olhos eram os olhos do Sol.
O Touro dourado estava a correr e a brincar quando três grous apareceram. Eles dançavam em seu redor como um círculo solar, e ele, de repente, muito solenemente, curvou a sua cabeça perante eles três vezes.
Como a Primavera se estendia até parte do início do Verão, Ele cresceu muito depressa e logo se tornou um Touro adulto. Nunca houve um touro como ele, e a sua fama espalhava-se cada vez mais. Animais, mulheres, crianças, homens e Deuses vieram admirar a sua beleza. Mas aonde quer que fosse, os três grous iam também. Eles eram os seus companheiros inseparáveis.
Os seus dias eram cheios de alegria sem fim, e o mundo cheio de flores, pois nessa época o mundo não conhecia o Inverno.
Esus, o Deus Caçador, vagueava pelos campos e florestas do mundo procurando um animal valioso para seu apetite, mas não encontrou nenhuma animal que o satisfizesse.
No início de uma bonita manhã, ele estava num campo onde viu o Touro e os três grous. Bastou olhar para o Touro e Esus soube que a sua busca tinha terminado. Ele tirou a sua poderosa lâmina e chegou-se até o Touro adormecido, mas os três grous perceberam o perigo e deram um grito de alarme!
O Touro levantou-se para entrar em batalha com Esus, pois seus chifres dourados eram armas formidáveis. O Deus e o Touro divino chocaram-se em combate.
Eles lutaram durante todo o dia e toda a noite, mas nenhum dos dois parecia ser melhor que o outro. A luta continuou por muitos dias. Foi numa noite, na escuridão da lua, quando o Touro finalmente começou a ter as suas forças abatidas, debaixo de um grande salgueiro, que Esus derrotou o Touro divino com um golpe mortal.
Seu sangue foi derramado pelas raízes do salgueiro, e as suas folhas tornaram-se vermelho dourado nesse mesmo instante, por verdadeira tristeza e mágoa.
Os grous fizeram um enorme som de choro. Um deles voou para a frente, e com um pequeno recipiente, pegou um pouco de sangue do Touro. Os três grous partiram voando para o sul.
Uma escuridão ameaçadora desceu à Terra. As flores murcharam e as folhas das árvores caíram. O sol perdeu o seu calor. O mundo ficou gelado e a neve caiu pela primeira vez.
A humanidade rezou para que a Toda mãe trouxesse o calor de volta, ou todos pereceriam. Ela ouviu e sentiu pena da natureza.
Os três grous voltaram do sul, com um deles ainda segurando o recipiente. Ele voou para o salgueiro onde o Touro divino tinha sido assassinado e derramou o seu sangue pela terra. De repente, surgiu do pó um bezerrinho, renascido da Mãe-Terra!
Toda a natureza se rejubilou. O verde e as flores cresceram, as folhas brotaram das árvores e a Primavera voltou ao mundo.
Porém o Deus Caçador, Esus, ouviu falar sobre o renascimento do Touro e procurou por Ele.
Esse foi o início do ciclo que persiste até hoje. Esus sempre derrota o Touro divino mas a Mãe-Terra sempre o faz renascer.
A história de Esus e Tarvos é uma representação simbólica do caminho do Sol à medida que se move através do ciclo anual.

Tarvos é um símbolo da vida, renascido a cada ano das sementes do ano anterior. Esus é um símbolo da morte que caça durante toda a vida. Tarvos, acompanhado pelos três grous cinzas, que são as representantes da Deusa, move-se do nascimento ao auge da vitalidade e da vida, em que é morto por Esus, que simboliza a colheita e as forças da morte. Mas o seu sangue é recolhido tornando-se o sangue da vida e a semente para a renovação dos ciclos da vida.

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