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Zootecnista pela Universidade de São Paulo com Especialização em Melhoramento Genético Animal na França. Carreira profissional na Gestão Executiva de empresas nacionais e multinacionais do Setor de Genética Animal - Alta Genetics do Brasil, Sersia Brasil Inseminação Artificial, Yakult S/A Indústria e Comércio, Sete Estrelas Embriões, Fundação Bradesco - PECPLAN e Banco de Crédito Nacional - BCN Agropastoril. Na foto, um dos importantes títulos recebidos ao longo de uma carreira profissional de 27 anos de serviços prestados a pecuária de corte tropical, "Prêmio Nelore de Ouro - Personalidade Empresarial do ano".

sexta-feira, 16 de julho de 2010

AS TOURADAS DE ESPANHA



A tourada é uma paixão nacional e para os espanhóis uma forma de arte. As touradas começam com uma procissão de bandarilheiros, picadores a cavalo e matadores. Primeiro o matador movimenta sua capa para incentivar o touro a atacar, o picador a cavalo ataca o pescoço e a área dos ombros do touro; então os banderilheiros atiram dardos nas costas do touro. Depois de muito movimento com a capa o matador mata o touro com uma espada: e recebe as orelhas ou o rabo, como prêmio.
As lutas são geralmente as cinco da tarde nos domingos, de abril ao início de novembro.
Mas durante as festas populares em algumas cidades como Madri, Pamplona, Sevilha e Valência podem acontecer todos os dias.
As touradas na Espanha, uma prática que teve origem em Creta, onde o objetivo era domar e matar touros enfurecidos pelos gritos e pelos golpes de espadas aplicados pelos toureiros.
Nas touradas originais do Império Romano, os toureiros encontravam-se permanentemente a cavalo e o objectivo do espectáculo era a celebração de ocasiões assinaláveis, como casamentos reais, vitórias militares ou datas religiosas importantes.
Os primeiros registos de touradas remontam ao ano 815, ano em que em determinada ocasião política da actual Espanha foram mortos touros em homenagem ao evento. Na documentação relativa à coroação de Afonso VII, em 1135, também existem referências a touradas, em Logroño, onde vários cavaleiros famosos atestaram a sua bravura. A tourada era, portanto um entretenimento aristocrático, cuja ocorrência não era frequente e não existiam normas próprias que a definissem.
Ao longo dos séculos, as touradas passaram a fazer parte do domínio público. Durante o século XVIII, tornaram-se efectivamente um espectáculo para as massas e passaram a realizar-se espectáculos em que os toureiros combatiam a pé; a arena era invadida por bandos de homens dos mais baixos estratos sociais, que matavam touros de todas as formas imagináveis, espetando-os com espadas, punhais e facas.
Muitos destes toureiros trabalhavam em matadouros. Aliás, conforme documenta a organização britânica Fight Against Animal Cruelty in Europe (FAACE), o matadouro de Sevilha foi a primeira escola oficial de tauromaquia em Espanha. Um dos toureiros mais famosos da altura, José Rodriguez (Pepete), disse: «O que esperam que nós, criados no matadouro, sejamos? Aqui não existe cortesia (…). Nós conhecemos o pior lado possível das coisas».
As escolas de equitação da Andaluzia encorajaram e nutriram a tauromaquia para o povo. Foi a família Romero, de Ronda, quem estabeleceu os primeiros fundamentos da tourada, juntamente com Joaquin Rodriguez (Costillares) e José Delgado (Pepe Hillo), ambos de Sevilha.
Carlos IV chegou a proibir as touradas, mas a subida ao trono de Espanha de Fernando VII trouxe de novo os espectáculos, que atingiram grande popularidade. Em 1830, foi este monarca que fundou a Escola Real de Tauromaquia, em Sevilha. Esta instituição liderou um dos principais estilos da tourada, enquanto Ronda terá defendido um outro.
Aos toureiros Belmonte e Manolete tem sido atribuído o feito de terem definido o estilo da tourada moderna.
Viva a Espanha!

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